Nascida por iniciativa da Companhia de Terras Norte do Paraná, pioneira no povoamento da região, Arapongas completa hoje 65 anos comemorando o fato de assumir o primeiro lugar como o maior polo de móveis do País. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Nelson Poliseli, o segmento, que já ocupava o primeiro no ranking como maior consumidor de chapas aglomeradas (painéis) do Brasil, já supera Bento Gonçalves (RS) como maior município produtor do Brasil. Com uma movimentação anual de mais de R$ 1 bilhão, a cidade gera em torno de 11 mil empregos diretos e 3 mil indiretos.
Cada vez mais forte, a indústria moveleira participa com 67,31% do Produto Interno (PIB) do município e é responsável por quase 70% da riqueza produzida na cidade.
Mesmo com uma projeção modesta de crescimento, estimada em torno de 5% neste ano, as cerca de 160 empresas que atuam nos setores de móveis, serraria e marcenaria têm se mantido firmes diante das crises internacionais.
De acordo com Poliseli, o desempenho do polo se deve em grande parte ao empreendedorismo dos empresários, que têm investido constantemente em modernização e especialização do segmento. “Isso tem permitido ao setor enfrentar crises com estabilidade e segurança, refletindo em poucas demissões em períodos de desaceleração da economia”, ressalta.
De acordo com ele, além de atender o mercado interno, que representa pouco mais de 90% das vendas, o setor responde por quase 50% do total registrado na pauta de exportação do município. Os principais compradores da produção local nos mercados internacionais são África, América Central e, especialmente, o bloco econômico do Mercosul. “O setor moveleiro de Arapongas tem mais de 50 anos e continua consolidado. A construção da Expoara para eventos e feiras, como a Movelpar, foi importante para tornar o parque industrial conhecido no Brasil inteiro”, diz Poliseli.
AGROINDÚSTRIA
Além do setor moveleiro, a indústria de alimentos também tem um forte peso no desenvolvimento de Arapongas, sendo a segunda com maior força econômica. Neste segmento, a agroindústria conseguiu aliar o passado com o futuro, garantindo a participação do campo no crescimento da cidade. Os principais setores desta área estão frigorífico de aves, fábricas de ração para animais e de alimentos para o consumo humano.
Toda a força econômica de Arapongas também pode ser avaliada na participação da receita do Estado, através do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS). Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná, a cidade é a 13ª em arrecadação do tributo.
Com um polo industrial forte, Arapongas também tem registrado um rápido crescimento populacional nos últimos anos. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, o município já atingiu mais de 105 mil habitantes.